A discussão sobre a relação entre ocultismo e organizações religiosas é um tema delicado e complexo. No contexto das Testemunhas de Jeová, essa conversa ganha novas camadas quando consideramos as alegações e simbologias que têm circulado ao longo dos anos. Este artigo se propõe a explorar as implicações dessa discussão, abordando a origem maçônica da organização, as controvérsias sobre símbolos ocultistas, e as mudanças nas doutrinas ao longo do tempo.
A origem maçônica das Testemunhas de Jeová
Um dos aspectos mais intrigantes da história das Testemunhas de Jeová é a sua fundação e a influência que o ocultismo e a maçonaria tiveram nesse processo. O fundador, Charles Taze Russell, tinha um interesse notável por símbolos e práticas que hoje são considerados maçônicos.
Russell estudou a pirâmide, um símbolo que está associado à maçonaria, e seu túmulo foi projetado em formato de pirâmide. Além disso, ele fez declarações que revelam uma conexão com a maçonaria, como a sua afirmação de que ele e seus colegas eram maçons. Essa ligação levanta questões sobre a verdadeira natureza das crenças e práticas que foram adotadas pela organização.
* Charles Taze Russell e a pirâmide
* Influência maçônica na fundação
* Declarações sobre maçonaria
Simbologias ocultistas nas publicações
Uma das revelações mais chocantes para muitos é a presença de símbolos ocultistas nas publicações das Testemunhas de Jeová. O Corpo Governante admitiu que muitos desses símbolos estão presentes em suas obras. Desde a fundação da organização até o presente, milhares de publicações foram distribuídas contendo simbolismos que remetem à maçonaria.
Os símbolos frequentemente citados incluem:
* O símbolo do Borde da Maçonaria
* A pirâmide com o olho de Hórus
* A mão chifrada, associada a Satanás
Esses símbolos podem não apenas confundir os membros, mas também expô-los a forças espirituais iníquas, como mencionado por críticos e estudiosos. A presença desses símbolos nas publicações levanta questões sobre a transparência da organização e a verdadeira natureza de suas crenças.
A mudança na posição sobre o ocultismo
Recentemente, o Corpo Governante anunciou uma mudança significativa em sua posição em relação ao uso de utensílios e práticas que envolvem o ocultismo. A decisão de permitir o uso de itens que contêm magia e ocultismo, além de receber presentes de pessoas espíritas, representa uma nova abordagem que pode surpreender muitos membros da organização.
Essa mudança de política reflete um esforço para se adaptar às críticas e ao ambiente social contemporâneo. A ideia é que, desde que os membros não afetem sua consciência treinada pela Bíblia, eles podem explorar novas formas de interação com o mundo ao seu redor.
Controvérsias sobre transfusões de sangue
Outro aspecto polêmico dentro da organização é a proibição de transfusões de sangue. Esta posição levou a debates acalorados e, em alguns casos, a decisões judiciais. Em 1994, a Bulgária se negou a renovar o registro da Torre de Vigia como religião, em parte devido a essa proibição.
A posição da organização sobre transfusões de sangue tem sido uma questão de livre arbítrio, onde os membros são incentivados a tomar decisões baseadas em suas crenças. No entanto, a mudança na abordagem em relação a transfusões de sangue em certos contextos, como na Bulgária, mostra uma tentativa de se adaptar às necessidades dos membros.
Erros nas previsões do fim do sistema
As previsões sobre o fim do sistema também geraram controvérsias significativas. O Corpo Governante fez várias previsões sobre a chegada do fim, todas frustradas. Desde 1914 até o ano 2000, a organização anunciou repetidamente datas para eventos apocalípticos, levando muitos membros a tomarem decisões drásticas em suas vidas pessoais.
Alguns dos erros mais notáveis incluem:
* 1914: O fim do sistema
* 1915: Nova previsão para o fim
* 1925: Mais uma data anunciada
* 1975: Expectativa de Armagedon
* 2000: Última previsão
Esses erros não apenas afetaram a vida de muitos membros, mas também levantaram questões sobre a credibilidade do Corpo Governante. A organização, no entanto, se recusa a se autodenominar falsos profetas e continua a afirmar que a busca por "novas luzes" é parte de sua evolução espiritual.
Reflexões finais sobre a organização
A discussão sobre ocultismo, simbologia maçônica, e as mudanças nas doutrinas das Testemunhas de Jeová é complexa e multifacetada. A revelação de que os símbolos ocultistas estão presentes nas publicações da organização, juntamente com a mudança na abordagem em relação ao ocultismo, desafia a percepção que muitos têm da fé.
Além disso, os erros nas previsões sobre o fim do sistema geraram um impacto profundo na vida dos membros, levando a reflexões sobre a liderança e a direção espiritual da organização. Enquanto alguns membros podem encontrar conforto nas mudanças, outros podem questionar a autenticidade da fé que professam.
A busca por uma compreensão mais profunda da organização e de suas crenças é fundamental para muitos que se identificam como Testemunhas de Jeová. A transparência e a disposição para discutir essas questões podem ser um passo importante para a evolução da fé e para o fortalecimento da comunidade.
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